DERRAPAGENS DO IBGE: PEDRAS NO CAMINHO DE ANALISTAS ECONÔMICOS
Banana com banana, maçã com maçã, diria um professor de Matemática ou de Física ao explicar os primeiros conceitos de coerência dimensional de unidades. Ao modificar a redação de uma questão, o IBGE promove alteração significativa de séries históricas. Polêmicas da vez, três grandes estragos: o estranho crescimento do analfabetismo, o surpreendente aumento das vendas do comércio catarinense, o fantasioso crescimento do nível salarial doméstico.
Para um país em crise, o que minimamente se espera são informações seguras, confiáveis, subsídios para planejar novos rumos. Seja por falta de cuidado dos profissionais de pesquisa, seja por má fé de dirigentes em busca de retóricas econômicas, a única realidade traduzida pelos indicadores é que o IBGE precisa entender que com série histórica não se brinca.
Uma dica: ao desejar mudar uma versão de questionamento, acrescenta-se a nova questão e mantém-se a anterior. Assim, após algumas rodadas de pesquisa, com análise criteriosa da comparação, é possível decidir sobre a mudança. Simples assim, banana com banana… maçã com maçã… comparações apenas com perguntas idênticas.
