GESTÃO COMPARTILHADA, UMA TENDÊNCIA A QUE O BRASIL RESISTE

  • fabiogomesinforma |28 junho, 2017

    Blog | Instituto Informa

    GESTÃO COMPARTILHADA, UMA TENDÊNCIA A QUE O BRASIL RESISTE

    Manda quem pode… obedece quem quer manter o emprego. A lógica presente nas relações de trabalho das corporações encontra paradigma oposto no formato corporations.
    Max Weber associou a origem do capitalismo ao protestantismo. Concluiu que as crenças religiosas seriam motivadoras das ações seculares: o trabalho como vocação divina, determinada a cumprir expectativas de resultados. O autor denominou a ordenação das associações humanas nas relações de trabalho como “racionalidade instrumental”, formalização mecanicista que promove o distanciamento entre superiores e subordinados, dando valor à rede hierarquizada característica do sistema burocrático.
    Opondo-se a esse modelo, a gestão compartilhada é a cadência do formato corporations. A abordagem é crescente desde a década de 30 nos EUA, sobretudo para empresas de capital aberto (controle compartilhado com acionistas) e para start-ups com acionistas. No Brasil, a resistência a esse modelo ainda é grande. Matéria de O Globo, publicada no último domingo, aponta poucos casos de empresas de gestão compartilhada no Brasil, tendo como pioneira do modelo a varejista Renner.

     

    Fábio Gomes

    Diretor-presidente do Instituto Informa, Sociólogo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Mestre em Gestão pela Fundação Getúlio Vargas (Ebape/RJ), Especialista em Opinião Pública pela IESP (ex-IUPERJ), Especialista em Comunicação Política pela ECA (USP) e Doutorando em Comunicação e Semiótica pela PUC-SP. Autor do livro: Comunicação Dialógica e Reputação Eleitoral (Ed. Jaguatirica) e Membro da ESOMAR – European Society for Opinion and Marketing.